Patrícia Abravanel a apresentadora que vai além de um sobrenome famoso
Ela começou timidamente frente às câmeras na emissora do pai, vulgo, Silvio Santos – um dos mais respeitados comunicadores desse país. Desde sempre, Patrícia Abravanel sentiu o peso do sobrenome que carregava. Logo que começou, em 2011, apresentando o “Festival SBT 30 anos”, chamava atenção pela timidez, natural a qualquer iniciante.
Depois veio o quadro “Jogo dos Pontinhos” – que integra até hoje -, e aos poucos, foi mostrando desenvoltura no ofício. Na atração musical “Máquina da Fama”, já era perceptível uma leveza, embora a atração exigisse muito de seu desempenho, conseguia transmitir diversão através de seu comando.
A verdade é que o estigma da comparação se fazia (quase) sempre presente. “Teve uma época que eu ficava preocupada com que falavam de mim na internet”, relembra, garantindo que essa fase é cosia do passado.
Aos 41 anos, casada e mãe de três filhos, ela vive o melhor momento na vida pessoal e profissional. Recentemente estreou um programa para chamar de seu, após dois anos dedicados à família.
À frente do “Topa ou Não Topa” vem se deliciando nas tardes de sábado, e se diz satisfeita por ter sido convidada pelo próprio pai para este projeto. “A atração prende a atenção do púbico, que torce e vibra”, completa.
A seguir acompanhe os principais trechos do bate-papo que tivemos com uma das apresentadoras mais queridas do SBT.
Como surgiu o convite para apresentar o “Topa ou Não Topa”?
Patrícia Abravanel: Meu pai me chamou e disse que eu faria o programa. Eu perguntei se era sério, e no início fiquei meio apreensiva... Eu tinha uma memória distante do programa, não lembrava direito como funcionava. É uma aposta e direcionamento dele, que acertou porque tem a minha cara.
A pressão é maior por ser um formato mundial?
Esse formato foi um grande sucesso no Brasil, em 2009, no comando do Roberto Justus, contratado do SBT na época. Além de ser sucesso em vários países. Atualmente é o programa de maior audiência dos Estados Unidos. É um formato vencedor! O apresentador é só um detalhe. A atração prende a atenção do púbico, que torce e vibra.
Quais são as novidades dessa nova fase da atração?
Ele volta mais dinâmico, mais rápido. O diretor e eu não sabemos em quais malas estão os valores. A de R$1 milhão está lá! É contagiante, parece que a mala vai ser minha (risos). Esse programa é mais solto, não tenho TP (teleprompter) pra ler. Para apresentar o programa “Máquina da Fama” era mais difícil de fazer do que esse. Eu tinha que estar muito sintonizada com as histórias e o TP. Nesse eu chego e bora abrir mala (risos), é fácil. Eu tive a grande sorte de estar no comando, espero que não seja para me engrandecer e, sim, o SBT, conquistando o coração do nosso público. A televisão faz com que nos esqueçamos de nossos problemas.
Como é assumir o comando de um programa que já foi apresentado por seu pai, Silvio Santos? Você se considera a sucessora dele na TV?
Eu me sinto honrada e presenteada, por apresentar esse programa que já foi uma aposta dele e deu certo. Não existe um sucessor de Silvio Santos. Deus fez cada um de uma forma, quero ser livre para ser quem eu sou.
Qual a sua expectativa de audiência para o programa?
Eu espero que seja incrível, um grande sucesso, que o público ame. Que a realidade de Deus surpreenda minhas expectativas. Eu falo muito de Deus, né? É porque a realidade dele supera nossas expectativas. Eu tenho visto o que Ele tem feito na minha vida, da minha família e no meu trabalho.
Já estava com saudade de voltar com uma atração solo? Como encarou esse hiato de dois anos longe da TV?
Foram dois anos incríveis, me encontrei muito como mãe. Nessa última gravidez foi a que menos trabalhei e amei. Curti mais meus filhos, minha família. Fiquei quase cinco meses em Orlando (EUA). Não tive essa percepção que se passaram dois anos, engraçado, né? Estava tão feliz na vida pessoal, que não notei. No ar, eu sempre tive no “Jogo dos Pontinhos”, meu pai grava com muita antecedência. Não estava com um programa meu, mas de certa forma, estava sempre presente dando um oi ao público. Amo meu trabalho, estar com a plateia. Porém, a vida é mais do que o nosso trabalho, que é importante, mas, os nossos relacionamentos são muito mais. Precisamos cultivar esses momentos em família. Isso me supriu bastante.
O que a maternidade mudou em sua vida? Como faz para conciliar trabalho e família?
Agora, tendo filho, eu vejo que sempre buscamos o olhar dos pais. Meus filhos quando fazem alguma coisa já olham pra mim com aquela carinha para saber o que achei. Estou com 41 anos, e ainda busco o olhar dos meus pais, isso faz parte da vida. Eu tenho ajuda, sei que nem todo mundo pode ter esse suporte. Então dá para eu fazer as minhas coisas, que me proporciona trabalhar e administrar meu dia a dia da melhor forma. Mas quando estou com meus três filhos, fico 100%, com eles, babá e enfermeira nem chegam perto, assumo nas brincadeiras e no banho.
Por Michele Marreira
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- Tuesday, December 10, 2019
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